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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Aos meus companheiros/as!

Esse texto simples, mas ao passo que escrevo me lembro mais e mais de como foi bom viver cada momento, então, por favor, desconsiderem a má formação dele, tem mais emoção para mim do que outra coisa.
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Pensei diversas vezes o que iria escrever para desejar de ano novo para meus amigos e companheiros. Li algumas mensagens essa semana, e me perguntei por que todos querem tanto mandar 2013 para bem longe. O ano que se finda foi marcado de muitas lutas, labutas... Mas como não há paz sem guerra, agradeço o ano de 2013, que me proporcionou muita militância!

Meu primeiro agradecimento é sem duvida aos militantes da juventude na Bahia. Esses que acreditaram em mim, que me acolheram no momento de maior conflito político e pessoal que vivi. Que me apresentaram o que é ser petista e me fizeram acreditar nesse projeto chamado Militância Socialista! O Estopim estará sempre marcado em minha história, e quero contribuir diariamente na construção dele até os meus 30 anos (ainda faltam oito anos). Depois disso ainda quero contribuir, nem que seja na orientação – sem tutelar viu?

Quero agradecer a Militância Socialista de Santa Catarina que me recepcionou em seu estado. O nível dos debates ai é muito bom e pude aprender muita coisa sobre organização e formulação. Agradeço também aos pacientes ouvidos que me aturaram nos momentos de certezas absolutas, de duvida, de questionamento e de contradição.

A vitória de um projeto genuinamente petista em Santa Catarina, com a conquista que a MS teve obtendo a presidência do PT Estadual e da Capital focado na candidatura própria para o governo do estado e na reconstrução do partido; bem como a vitória política na Bahia, com a ousadia que tivemos de montar chapa própria para disputar o PED, rodar o estado sem um papel impresso, só com o discurso e prática da antiga esquerda, a vontade de incendiar corações e mentes daqueles que já estavam se esvaindo e a atração de filiação de tantos novos atores pela esquerda ao partido, me faz sonhar ainda mais, e sem dúvida mostra de onde e para onde o PT deve caminhar!

Quero agradecer também as inúmeras conversas com nossos dirigentes nacionais, Renato e Maristella, a ‘paciência’ de vocês é ‘quase’ revolucionaria (risos). Um agradecimento enorme a toda juventude da MS, que me atende sempre com o maior carinho e atenção.

Agradeço aos bons e frutíferos bate papo que tivemos agora no V Congresso, não da para colocar estado por estado aqui, mas se temos representantes tão bons nesses locais já quero conhecer a militância por todo o Brasil, aprender com vocês é sempre um prazer.

Queria trazer uma observação sobre o PED:

domingo, 29 de dezembro de 2013

Desejo


Ela diz:

A luz do fogo ilumina os corpos
Sem lenço e sem documento 
Me veja nos seus olhos 
Na minha cara lavada 
E como uma segunda pele 
(Eu gosto de opostos) 
Me preparo pra talvez te ver ... 
e te ter 

Dona desses traiçoeiros sonhos 
Tenho tempo de sobra 
Beijo sua boca 
Te falo bobagens... 
Eu quero mesmo é viver 
Pra (esperar) Devorar você!”

Ele retruca: 
A luz ilumina o fogo dos corpos 
Seus olhos, minha cara: 
uma segunda pele. 

Eu também gosto dos opostos. 
E de me preparar para te ter... 
e ver. 
Dona dos traiçoeiros tempos de sobra, 
Beijo em sonhos, sua boca 
Vivo bobagens, 
mas quero mesmo é devorar você! 
A esperar...

Ela repete: 
A esperar...

E ele sabe: Não fosse a distância, a espera logo terminaria.. Estaria entre os olhos: a pele, o fogo e os beijos dela... E quem fez isso tudo foi o Desejo. Este, traiçoeiro que só! Guarda a luz de se beijar, os tempos de esperar... e a vontade de devorar!


(Hellen Cristhyan)

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

#TamoJunto: A construção das lutas e de um partido dirigente passa pelas mãos da juventude

É inegável que o Partido dos Trabalhadores e Trabalhadoras, nesses 10 anos de governo federal, deu passos imprescindíveis para o fortalecimento das juventudes do Brasil. A garantia de direitos específicos e uma forte elaboração de políticas públicas para a juventude como a promoção da autonomia e emancipação dxs jovens, a valorização da participação social e política, a criação dos conselhos da juventude, são traços do PT no governo. Dentro da instância partidária também tivemos um importante avanço, aprovado no 4º Congresso do PT e colocado em prática a partir deste PED, que é a cota de 20% da composição das chapas e da composição da executiva e do diretório para a juventude.

Entretanto, isso não pode se dá de forma passiva, nem pode ser negligenciada. A pauta da juventude, a consolidação dos espaços de tomada de decisão, o empoderamento desses jovens nas instâncias partidárias, precisa ser levada a cabo.

O PT da capital, berço da luta pelo Passe Livre, sequer tem organizada sua secretária da juventude. E isso não é de responsabilidade apenas da juventude do partido. Essa omissão e falta de clareza do projeto de construção das lutas é de total responsabilidade dos agentes partidários que levavam o partido em Floripa como uma moeda de troca. Precisamos reverter a ótica predominante e mudar de vez essa cultura do imobilismo.

É necessário entender que para a organização dxs trabalhadores e jovens, da cidade o do campo, é estratégico o fortalecimento da ferramenta partidária, com envergadura, trabalho coletivo, competência, capacidade de influenciar nos espaços de poder da cidade e que construa muitas lutas a partir das pautas reais da sociedade. Se isso não ocorre significa que não estamos enxergando o socialismo no horizonte.

As manifestações de junho deixam para o PT a tarefa de reoxigenar à militância,

PL 20 de Novembro! e o combate ao racismo!

Há dois meses, quando diversos insultos ao povo negro ganharam matérias em jornais e nas redes sociais, publiquei esse texto* no Instituto Geledés** e no Observatório da Imprensa***. O combate ao racismo precisa ser levado tão a cabo que poderíamos escrever um texto por dia sobre o tema e não seria suficiente para mudar a cultura de opressão dominante.

São mais de 500 anos de tentativa de nos diminuir, de nos calar. Mas como diz a música Milagres do Povo “o povo negro entendeu que o grande vencedor/ Se ergue além da dor”. Hoje é dia de celebrarmos nosso herói, Zumbi. Mas ainda há tantos Zumbi’s que os livros não contam... É preciso declarar nossa negritude, nossa cultura, os nomes de nosso povo. Superar essa sociedade capitalista, degradante e opressora.

É com a alegria da noticia de que acaba de ser protocolado o Projeto de Lei (PL) - 6787/13, pelo Deputado Federal do PT/SP Renato Simões, que institui o dia 20 de novembro como feriado nacional que convido a todas e todos a fazer a leitura do texto e refletir sobre o nosso cotidiano e de que maneira podemos somar forças para avança na construção de uma sociedade mais justa e igual. Há braços de luta!



O texto segue abaixo, bem como os links de onde ele foi publicado.
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*http://andarilhar-me.blogspot.com.br/2013/09/um-ponto-final-nessa-historia-de-racismo.html
**Geledés Instituto da Mulher Negra
http://www.geledes.org.br/racismo-preconceito/racismo-no-brasil/20822-um-ponto-final-nessa-historia-de-racismo-por-hellen-cristhyan
***Observatório da Imprensa
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed762_um_ponto_final_nessa_historia_de_racismo

Um ponto final nessa história de racismo?
      
         “Se até Morgan Freeman falou que não temos que falar nesse negócio de racismo,
           por que eu, universitário, vou falar disso? Isso irrita. Para vocês tudo é racismo.
           O que eu digo não é racismo, é só minha opinião.”
           (Tradicional discurso racista de universitários Brasil afora.)

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Sem memória, como chegar à verdade?

Pauta de diversas disputas internas – que vão desde a forma de organização, seu caráter, publicização ou não dos relatórios – e polêmicas nas redes sociais, que por um lado representam a pressão dos movimentos sociais que exigem respostas, e por outro apontam diversas ameaças de militares e seus co-réus, a Comissão Nacional da Verdade tem agora pouco mais de oito meses para chegar ao grande veredito.

Não será fácil. A começar pela Lei de Anistia Política instituída no Brasil em 79. Como diz Carlos Augusto Marighella, filho do Mariguella, a Lei pressupôs “uma anistia de araque, viciada pela ideia de que a gente deveria, de alguma maneira, perdoar os torturadores"¹. A Anistia brasileira, porém, apesar de carecer urgentemente de uma reinterpretação, quicar de sua anulação, não encontra no Estado disposição para fazê-la.

Dar nome aos bois também tem sido uma das grandes dificuldades da Comissão. O constante emprego de codinomes pelos carnífices do povo brasileiro, por vezes o rosto encoberto (da vítima ou do agressor), as roupas à paisana (sem identificação de patentes ou farda), dificultam a memória individual e coletiva das testemunhas. 

Outro grande empecilho para a memória e a verdade são as violações institucionais, como as prisões sem ordem judicial, ou qualquer tipo de registro, reiteradas vezes ocorridas, violando direitos como o reconhecimento à personalidade jurídica e o direito das famílias de saber a verdade. Além disso, o esvaecimento de diversos arquivos daquela época deixa um vácuo atormentador. Mesmo que já comprovada a constante troca de informações e documentos entre todas as instâncias policiais e do governo à época, não há quem preste contas dessa queima de arquivo.

Entretanto, a verdade não poderá mais ser calada. O cálice de vinho e de sangue já fora derrubado e determina que haja justiça. Os facínoras estão envelhecendo e não podemos mais esperar - ou então serão apresentados laudos médicos de suas incapacidades mentais, outros já estarão mortos, assim como não duvido que algum venha a perpetrar atentado contra a própria vida. Precisamos correr contra o tempo e deflagrar a criação de Comissões da Verdade em todas as entidades, instituições e organizações. É, por dever, que as universidades brasileiras abram seus arquivos: a constituição de Comissão da Verdade em suas instâncias é imprescindível para se fazer saber da luta de todos e todas os/as estudantes e de quão repressor foram os Conselhos Universitários e suas instâncias no período ditatorial.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Um ponto final nessa história de racismo?

“Se até Morgan Freeman falou que não temos que falar nesse negocio de racismo, porque eu, universitárix, vou falar disso? Isso irrita. Para vocês tudo é racismo. O que eu digo não é racismo, é só minha opinião.”
Tradicional discurso racista de universitarixs Brasil afora.

A ofensiva racista cresce a passos largos, mesmo com todas as lutas pela garantia dos direitos humanos, sociais e contra o preconceito no Brasil e no Mundo. Enganam-se os que pensam que o lugar tido com tradicional de produção do saber, a universidade, está livre deste mal secular: visivelmente presente nos trotes, o racismo nas universidades ganha diferentes facetas para dificultar a sua denuncia e combate.


Este ano diversas declarações de universitárixs ganharam a primeira página de jornais impressos e muito debate nas redes sociais por confessado cunho racista. Foi assim no caso de uma aluna de Publicidade e Propaganda da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) que vinculou no seu twitter, no último dia 31, a frase "Acabei de quase ser atropelada por um casal de negros. Depois vocês falam que é racismo né, mas TINHA QUE SER, né?". Como se não achasse pouco a expressão “Tinha que ser, né?” afirmando seu racismo, a aluna da PUC-RS incrementou: "Eu não sou racista, aliás, eu não tenho preconceitos. Mas, cada vez que aprontam uma dessas comigo, nasce 1% de barreira contra PRETOS em mim".

Em um jornal acadêmico da UFSC, texto de aluna de 1ª fase do curso de Direito que se dispõe a analisar o mercado imobiliário em Florianópolis diz: “Você tem direito a subir um morro bem alto, não pagar água, e às vezes nem luz, não pagará mais aluguel, e vai ter que conviver com os traficantes de drogas (diga-se de passagem, afrodescendentes) que são sustentados por muitos estudantes dessa bela universidade.”; na UFMG um professor chamou um de seus estudantes (um jovem de 15 anos, negro) de macaco durante sermão por risadas na sala de aula; outro registro de destaque foi o caso do trote do curso de direito, também na UFMG, que vinculou a foto de uma estudante amarrada com uma placa dizendo “Caloura Chica da Silva”, além de fotos de cunho nazista; e essas cenas retratam apenas uma parte do problema.

Declarações preconceituosas, a maioria de cunho racista, por parte de estudantes universitarixs, e a polêmica em torno desses episódios, são apenas a ponta do iceberg desenvolvido por toda contradição na formação histórica (social, política, cultural e econômica) de nossa sociedade e traz a tona à discussão sobre o papel social da universidade brasileira.

domingo, 1 de setembro de 2013

A violência é institucional. (A mesquinhez política e social que vemos ai, na Bahia, só a revolução socialista para mudar)

*Este é um desabafo de uma militante que não acordou agora!
(texto escrito no dia 19/06 e esqueci de postar)

Estou estarrecida com a situação de Salvador.

As oligarquias detentoras do meio de comunicação usurpam o poder popular que levou cerca de 40.000 pessoas as ruas. Nada é registrado, já vi todas as demais 100 cidades passando na tv, e os 2min reservados para a Bahia não registra a violência policial para com nosso povo.

A TV Bahia bancou a campanha de ACM Neto para a prefeitura e vem fazendo campanha gratuita de sua gestão. O SETEPS compõe as máfias que sustentam a prefeitura. Mas essas duas estruturas burguesas também mantém o governo estadual, com o Wagner.

Me envergonha ver o que a polícia está fazendo em salvador. Me envergonha não ver nada nos noticiários.
E me envergonha saber que as possibilidades de redução de tarifa em Salvador são mínimas, pq nem ACM, nem Wagner terão cifrão ou vontade para enfrentar o empresariado. Depois a polícia quer apoio popular para suas manifestações e greve. Depois Wagner quer apoio popular. Tenho medo do que será a campanha em 2014.

O povo soteropolitano e a população baiana merecem mais de seus governantes. Tenho ciência também de um grupo radicalizando sem consentimento coletivo, mas essa repressão policial só trata mais revolta.
Acredito que só com a regulamentação da mídia e a reforma política não ficaremos mais refém do monopólio dessas famílias donas do Brasil.
Estou em Floripa, por aqui 20mil na rua, movimento dividido entre progressistas e fascistoides, mas sem nenhuma violência policial, algumas brigas entre manifestantes que temos conseguido controlar.

Minha solidariedade ao povo baiano, sigam firme na luta com bandeiras, sem bandeiras, com cartazes, ousadia e coragem... A mesquinhez política e social que vemos ai só a revolução socialista para mudar.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Tarifa Zero: O que a reforma política tem haver com isso?

A cada ano vemos a mesma cena: aumento da tarifa do transporte público e melhoria zero. Jovens se organizam, fazem manifestações, algumas com conquistas, como nesse ano em Porto Alegre, Goiânia e Manaus, outras sem avanços... Entra governo, sai governo, a cena se repete. 

Ocorre que a cada dia ficam mais espertos: em Salvador, por exemplo, eles (o governo municipal e o lobby do SETEPS) aprenderam a aumentar a tarifa durante o período de férias escolares, assim impedem a rápida organização de protestos.

Em muitas cidades o uso da força policial contra manifestações pacifica chega a ser brutal.

Não adianta, ano que vem vai aumentar novamente. Aqui, ai ou em qualquer outra cidade. Sabe por quê? Aquele candidato, do teu bairro, recebeu dinheiro da cúpula dos transportes para fazer a campanha eleitoral. Aquele outro candidato, que tu viu na TV, recebeu dinheiro da máfia dos transportes para poder fazer o material da campanha...

Sabe aquele candidato, que tu votou nele só porque acha que ele é bonzinho, e até acha que o partido dele não presta? Ele também se vendeu para as empresas de transporte.

Essas concessões para as empresas de transportes que ocorre? Ela é votada e aprovada pelos políticos que receberam ajuda financeira dessas mesmas empresas durante a campanha eleitoral.

Você ta entendendo que é um ciclo? Você entende que o vereador, deputado, prefeito, independente de que partido ele for, vai ficar refém de inúmeras cúpulas e máfias financiadoras de campanha? (não é só das empresas de transporte, a máfia do lixo é bem conhecida também!)

Como forma de modificar essa história que se repete, as vezes mudando o cenário, mais nunca o plano de fundo, existe uma lei de iniciativa popular que propõe a reforma do sistema político no Brasil.

Paixão Nacional

     Quem nunca viu a cena de crianças descalças chutando uma bola pelo meio da rua? Ou mesmo jovens sujos de lama berrando por um passe naquele terreno vazio? E a “turma do bairro” que pega a pelada¹ todos os domingos? E as meninas brigando com os garotos da vila pelo direito de pegar um baba²? 
     Essas cenas são muito comuns, na periferia e nos condomínios das cidades brasileiras. A cultura nacional do futebol é imensa: está desde a descoberta do sexo do bebe, que quando se sabe que é menino o primeiro presente é uma bola ou a camisa do time do pai; até a interrupção da programação diária das emissoras de TV para a transmissão de uma partida considera clássica.
   Não precisa de muitos recursos, basta uma bola e um espaço qualquer - salas, garagens, quintais, passeios, ruas, praias, comumente são utilizados para uma partidinha. Não precisa de muitas regras e qualquer 30 minutinos ta servindo para matar a vontade.
     E essa paixão que falo supera as classes sociais, o menino do subúrbio - que já anda descalço por falta de condições - tem a mesma paixão pela bola que aquele menino que joga na quadra do condomínio em que mora (essa paixão só não supera a diferença de oportunidades e condições, o futebol enquanto um sonho terá um palco bem diferente entre eles).
     O futebol mobiliza e agrega pessoas! Mas eu quero falar dessa paixão nacional de uma forma diferente.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Amanhecerá! De novo em nós! Amanhã, será?

O movimento estudantil, depois de alguns anos de refluxo, busca novas formas de atuação para alcançar aquelas velhas e valorosas bandeiras por educação pública de qualidade. Em formatos irreverentes como escrachos, beijaços, disquetes e várias tecnologias nas redes sociais, o movimento tenta se reorganizar e alcançar o maior número de estudantes, acompanhando as transformações sócio-culturais.

Entretanto, alguns agrupamentos que dizem ser de esquerda esquecem-se da ideologia - da luta diária, real - e vivem de gincanas ou místicas mal elaboradas, e sem conteúdo. 

Nós, socialistas, devemos cumprir o papel de elevar o discernimento e politização dos trabalhadores e trabalhadoras; pautar as bandeiras históricas e atuais de forma assídua e responsável; fazer a luta nas ruas e também disputar a intencionalidade, sem deixar que ela nos sugue para a burocracia. 

É bem sabido que todo fenômeno histórico é singular, e assim, irrepetível. A importância dos Novos Baianos, por exemplo, para a cultura e a música brasileira é irrevogável. No entanto, seu suingue irresistível, não foi o estopim para a derrocada dos anos de chumbo. A juventude vivia fora daquele sítio-hippie. Querer reviver esse movimento paralelo, e anarquista, sem o conteúdo que eles apresentavam - em pleno século XXI - é surreal e pode ser facilmente nomeado de esquerda festiva.