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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

#TamoJunto: A construção das lutas e de um partido dirigente passa pelas mãos da juventude

É inegável que o Partido dos Trabalhadores e Trabalhadoras, nesses 10 anos de governo federal, deu passos imprescindíveis para o fortalecimento das juventudes do Brasil. A garantia de direitos específicos e uma forte elaboração de políticas públicas para a juventude como a promoção da autonomia e emancipação dxs jovens, a valorização da participação social e política, a criação dos conselhos da juventude, são traços do PT no governo. Dentro da instância partidária também tivemos um importante avanço, aprovado no 4º Congresso do PT e colocado em prática a partir deste PED, que é a cota de 20% da composição das chapas e da composição da executiva e do diretório para a juventude.

Entretanto, isso não pode se dá de forma passiva, nem pode ser negligenciada. A pauta da juventude, a consolidação dos espaços de tomada de decisão, o empoderamento desses jovens nas instâncias partidárias, precisa ser levada a cabo.

O PT da capital, berço da luta pelo Passe Livre, sequer tem organizada sua secretária da juventude. E isso não é de responsabilidade apenas da juventude do partido. Essa omissão e falta de clareza do projeto de construção das lutas é de total responsabilidade dos agentes partidários que levavam o partido em Floripa como uma moeda de troca. Precisamos reverter a ótica predominante e mudar de vez essa cultura do imobilismo.

É necessário entender que para a organização dxs trabalhadores e jovens, da cidade o do campo, é estratégico o fortalecimento da ferramenta partidária, com envergadura, trabalho coletivo, competência, capacidade de influenciar nos espaços de poder da cidade e que construa muitas lutas a partir das pautas reais da sociedade. Se isso não ocorre significa que não estamos enxergando o socialismo no horizonte.

As manifestações de junho deixam para o PT a tarefa de reoxigenar à militância,

PL 20 de Novembro! e o combate ao racismo!

Há dois meses, quando diversos insultos ao povo negro ganharam matérias em jornais e nas redes sociais, publiquei esse texto* no Instituto Geledés** e no Observatório da Imprensa***. O combate ao racismo precisa ser levado tão a cabo que poderíamos escrever um texto por dia sobre o tema e não seria suficiente para mudar a cultura de opressão dominante.

São mais de 500 anos de tentativa de nos diminuir, de nos calar. Mas como diz a música Milagres do Povo “o povo negro entendeu que o grande vencedor/ Se ergue além da dor”. Hoje é dia de celebrarmos nosso herói, Zumbi. Mas ainda há tantos Zumbi’s que os livros não contam... É preciso declarar nossa negritude, nossa cultura, os nomes de nosso povo. Superar essa sociedade capitalista, degradante e opressora.

É com a alegria da noticia de que acaba de ser protocolado o Projeto de Lei (PL) - 6787/13, pelo Deputado Federal do PT/SP Renato Simões, que institui o dia 20 de novembro como feriado nacional que convido a todas e todos a fazer a leitura do texto e refletir sobre o nosso cotidiano e de que maneira podemos somar forças para avança na construção de uma sociedade mais justa e igual. Há braços de luta!



O texto segue abaixo, bem como os links de onde ele foi publicado.
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*http://andarilhar-me.blogspot.com.br/2013/09/um-ponto-final-nessa-historia-de-racismo.html
**Geledés Instituto da Mulher Negra
http://www.geledes.org.br/racismo-preconceito/racismo-no-brasil/20822-um-ponto-final-nessa-historia-de-racismo-por-hellen-cristhyan
***Observatório da Imprensa
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed762_um_ponto_final_nessa_historia_de_racismo

Um ponto final nessa história de racismo?
      
         “Se até Morgan Freeman falou que não temos que falar nesse negócio de racismo,
           por que eu, universitário, vou falar disso? Isso irrita. Para vocês tudo é racismo.
           O que eu digo não é racismo, é só minha opinião.”
           (Tradicional discurso racista de universitários Brasil afora.)