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sexta-feira, 11 de julho de 2014


Quando finda a noite e inaugura um novo dia?
Me tiraste a noção de tempo...
Sua pele macia a me acariciar
Me alimenta de te amar
Onde termina eu e começa vc?
Eu não sei dizer...
Me tiraste a noção de espaço
E dado o meu corpo ao teu
Te dou a sutileza de te devorar
Sem te machucar
É que só quero teu amor
e a brisa leve
Ter lua de mel
Plantar uma flor
Colher as estrelas do céu.
Ao infinito vamos viajar
Permaneça em mim
Vou te provar


Seus beijos na madrugada
Alimentam minha alma
Que só já não quer viver
Mas também não quer se prender
O que precisamos é
um amor verdadeiro
Que consuma a lenha,
Que nos tenha
Que nos leve
Livre, juntos,
ao infinito e além!
Harmonia cor de lã
Um cheirinho de maçã...

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Já sinto saudade
do seu corpo avantajado
em volta do meu.

Quando seus braços me cercam
transbordo de tesão e prazer.

No nosso sexo
adrenalina se liquidifica,
as emoções viram purpurina.
Você me faz derreter...


Sua pele quente
que me aquece
na madrugada
abre espaço para
um frio vazio
ao amanhecer.

Quero novamente
- e logo e loucamente
Você.

sábado, 28 de junho de 2014

Cada um com sua diferença
Diferenciada na sua essência
Essencialmente especial. 

Especial é tua pessoa
Que me escutou a noite toda
Sem me querer nenhum mal

Essa diferença toda
É o que nos torna tão igual

Na tua luta, na minha luta
Compartilharemos o sol.

É toda torta a sensação
De que o caminho é
Se encontrar na perdição
Entenda que
Eu não sei onde isso vai parar
Também não sei porque insisto em prorrogar

Essa voz sem palavras me dizendo sim e não
Quem sabe é tábua de salvação?
E toda vez é a velha questão de nunca saber
O que se vai amar amanhã e mesmo assim escolher

Pitty

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Dançar a saudade...


Roda baiana
Roda cigana
Ciranda de nanã

Vem sem roupa
me deixa louca

Roda baiana
Roda cigana
Me deixar te amar

Na cama, insana
No pensar e sonhar
Me deixa voar

Roda baiana
Roda cigana
Quero logo te encontrar

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Freedom ♀

E esse descompasso
   que não quer ser alinhado
Por um lado é babel
   por outro é LIBERDADE
Se uma hora é frio
   n'outra já é cio.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Foto do Rafael Holanda - DF
Libertador é a vida no cerrado
O povo que não tem teto
descobre a mãe Terra

Se pelos homens são maltratados
Pela natureza são agraciados

O direito a contemplar o céu
Aqui é inalienável


¤

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Eu quero o mundo todo dentro de mim

Sentir prazer no prazer

Ser tua, ser do mundo

Destilar nos dias claros

Fazer raiar nos dias nublados...

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A nossa chama é o fogo da Revolução!

Feminismo como princípio:

O Estopim! se soma aquelas e aqueles que acreditam numa sociedade com vidas livres de violência em suas várias formas, sobretudo a violência contra a mulher. Vidas livres de preconceito e desigualdades, com garantia da autonomia pessoal, do corpo e da maternidade, liberdade religiosa e sexual.

Nos juntaremos sob a bandeira de uma sociedade com tempo disponível ao desenvolvimento cultural e político, com a garantia de direitos, entre eles o de ir e vir, fazer suas escolhas, do descanso, do lazer, do trabalho, até o direito de ser feliz, seja nas escolas/universidades, no trabalho, em casa, no futebol, nas eleições, nas relações, nas redes e nas ruas.

Entendemos que a construção do projeto democrático e popular é a agenda da esquerda brasileira e mundial. Romper com a privatização da política, a sub representação das mulheres e da juventude nas esferas de tomada de decisão, o genocídio da juventude – em especial das negras e negros, é uma tarefa primordial.

Exigimos igualdade de gênero e um cumprimento efetivo de no minimo 50% mulheres dentro dos espaços em que construímos, como a UNE, UEE's, DCE's, C.A.s, Conselhos de Juventude, organizações sociais como um todo.

Há anos as mulheres têm sido oprimidas pela sociedade machista, capitalista e patriarcal, sendo retiradas dos espaços que lhes pertencem por direito como por exemplo os espaços públicos e políticos ou assumirem um papel de submissão quando ocupam algum desses espaços. A violência contra a mulher se expressa dia após dia de diversas formas, seja verbal, imagética, cultural, física... Não aceitaremos nenhuma diminuição da pauta, subjetivação dos casos, minimizações ou que os casos de violência contra a mulher seja tratada de forma estereotipada.

domingo, 25 de maio de 2014

Copa de reciclagem, debates e poesia!

E essa paixão que falo supera as classes sociais...
       O menino do subúrbio - que já anda descalço por falta de
       condições - tem a mesma paixão pela bola que aquele menino
       na quadra do condomínio.

Entretanto, essa paixão não supera a luta de classes. 
O futebol, enquanto um sonho, terá um palco bem diferente entre eles.

Casa FRIDA vai debater a copa. Pre-pa-ra! 

Voe!


Por que choras, passarinho?
Tens asas,
o mundo sempre te pertenceu...




*Desenho de Maria Helena, 13 anos.
*Poesia: Hellen Cristhyan

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Tinha uma pedra no meio do caminho...

Tanto a teoria pós moderna de "economia colaborativa", quanto esses novos grupos de luta anticapitalista, me parece mais utópico do que o pregado lá no seculo XIX que acreditava na implementação do socialismo por meios pacifistas de forma lenta e gradual.

Atualmente vemos a ampliação de ofertas de bens e serviços a partir de cooperações, em maioria de forma direta entre pessoas produtoras. Ocorre que, mesmo se fortalecermos a sociedade civil e o alcance aos bens comuns por meio dessas novas ferramentas tecnológicas e em rede, a busca pelo lucro não estará cessada.

Muito mais que isso, estamos subestimando a capacidade do capitalismo de se adequar a essas novas formas de troca/venda etc. Esses mecanismos de cooperação também geram um mercado, que gera a cobiça, que gera a necessidade de estabelecer chefes e subordinados, que gera um novo modelo capitalista! Não existe boa fé e boa vontade na burguesia!

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Que venham mais seis, e mais treze anos!


*** 6 anos de O ESTOPIM***

Por Hellen Dirceu Genoíno Cristhyan

Tínhamos um sonho remoto, interpretado por muitos como um passo a mais do que a nossa perna chegaria, uma utopia... Há seis anos tínhamos um sonho remoto. Ousamos. A vontade de mudar o mundo, ou se isso for muita pretensão, a vontade de mudar a realidade a nossa volta, nos deu força, garra e coragem!

O termo escolhido por um grupo de estudantes da UFBA - há seis anos - para denominar nosso coletivo significa o grande estouro. O Estopim! é a chama inicial das grandes transformações que pretendemos ajudar a construir. Traçamos um paralelo também ao jornal ISKRA (Á CENTELHA) elaborado pelos revolucionários russos no exílio antes da grande revolução de 1917.

O Coletivo O Estopim completa hoje, e não é por acaso ser na data simbólica do 1º de maio, seis anos de muitas lutas. Já passaram por aqui tantas e tantos lutadoras/es pela veia do movimento estudantil que não da para parabenizar nominalmente a todas e todos

Entretanto, uma pessoa em especial, merece ser referenciada aqui. Frederico Perez,

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Outros andarilhos!



Derrepente distância
diferença regionais
derrepente ignorância
o estado das capitais

No nordeste a terra descansa em paz
longe da Fortaleza não está mal
João é uma Pessoa comum e feliz
no horizonte tem as luzes de Natal

Dona Terezina vira pro lado
e pergunta se seu São Luiz está bem
Olhando na mesma direção cristã
vendo o meninozinho de Belém

Eu procuro além dos Recifes
eu só quero uma visão melhor
Se não der de ver, de Aracajú
vou ver se a vista é boa em Maceió

A negligência vem mais de cima
Estado, Deus, país, tanto faz
a esperança é o que sustenta
e o improviso é um dito popular

A festa da raça e da tradição
da cidade baixa subo de elevador
Senhor do Bonfim, por favor olhe por mim
vai ver me entendo em São Salvador

segunda-feira, 17 de março de 2014

Orgassema

de semântica sêmea
se insinua o sêmen
na lacona lagoa lacunar
e da sádica sede se ressente
o sentido
no sentido cunar.

se sádica ou sábia
quem o saberá?
Se salubre salgado
o teu sabor a odre
é a onda do útero
é terra que remorde
a espera de esperma
nas ásperas paredes.

e o significado vem
da fricção rítmica e formal
entre as mucosas rubras
do pênis, da vulva, da boca
ou da anal.

(E. M. de Melo e Castro)

sexta-feira, 14 de março de 2014

Protestar na poesia, poetizar a revolução!

As mil e uma noites

Quero logo essa alforria
Pois o tempo me castiga com açoite

Tagarela, talco, tambor, tarefa
                - tarifa, tarrafa, xerife.

Não me venha com essa redoma,
              - masmorra!

Não sou sua refém.
Pegue seu alazão e morra!

Hellen Cristhyan



* As palavras alforria, açoite, tagarela, talco, tambor, tarefa, tarifa, tarrafa, xerife, redoma, masmorra, refém e alazão são de origem árabe.
* A foto acima é de um protesto realizado pelas ativistas do grupo feminista ucraniano Femem.

quinta-feira, 13 de março de 2014

ANDARILHA(ma)R

Andarilhar.
Andarilhar-te.
Andarilhar-me.
Senta. Chama. Ama.
Começa outra fase da an.da.ri.lhan.ça.
Então anda.
Desequilibra. Vai depressa. Tropeça.

Então chora.
Recebe um dengo – e gosta.
Depois levanta.

Já não cumpriu a sua dança?

Habaiana. Anda.

Verde, amarelo, rosa, vermelho, encanta.
E ama. 

segunda-feira, 10 de março de 2014

O descobrir andarilho

Andarilhar.
Andarilhar-te.
Andarilhar-me.
Conhece então o mundo.
E o mundo é grande.

Tem mais duas pessoas.
Muitas coisas desconhecidas.

Admite outras pessoas. Outros objetos
intrigantes e igualmente desconhecidos.

Até ali o que importa
é tão somente aquilo
que se assimila.

O tempo passa.

Mas o tempo passa?

quinta-feira, 6 de março de 2014

Para se deixar amar!

Amor, o amor não é uma coisa só.
Esse tal amor sequer é uma coisa...
O amor é tudo, inclusive o nada!
Nada na correnteza feito poesia,
voa leve feito a liberdade.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Não vá, ainda preciso respirar



 
Anestesia geral

- Foi teu corpo me dominando
O peito em fogo, ao amanhecer, já não mais batia.

Seguiram-se os dias...
Você só veio em forma de chuva,
Mas preciso é te tocar

    Me devolva o ar!

Beije-me ate que o coração pulse
E lute para não mais te deixar...

(Hellen Cristhyan)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O desperta da Andarilha


Andarilhar.

Andarilhar-te.

Andarilhar-me.

Você sabe que este é teu destino.

(AN-DA-RI-LHAR. SER ANDARILHA)

E por mais que queira fazê-lo, segui-lo,
se sente presa.
Está domada.
Não sabe por que, não sabe por quem.
Mas sente a água e o cordão que a prende.